Um dos cortes que costuma ser pouco utilizado pelos churrasqueiros é a costela. Muitos não tentam por medo de errar nela. Mas, conhecendo bem suas características e sabendo fazer, ela se torna uma das carnes mais saborosas do churrasco. Chega a superar, muitas vezes, a tradicional picanha (sim, a picanha!) em sabor, suculência, maciez e textura.
Inicialmente, é importante afirmar que a chave para uma boa costela é a paciência. Isso é porque sua carne fica presa aos ossos e possui muita gordura, queimando com mais facilidade. Ela precisa de muito cuidado para cozinhar por inteiro sem queimar, podendo consumir algumas horas do seu churrasco. Mas em compensação, quando ela fica pronta, se transforma na “cereja do bolo” de qualquer churrasqueiro.
Antes da grelha
Primeiramente, deve-se colocar toda a peça deitada em uma superfície grande o bastante para que ela caiba por inteiro e ainda sobrar um espaço para que você consiga movimentar e “trabalhar” a carne. Em seguida, é preciso fazer cortes horizontais e diagonais na parte da gordura, cruzando os cortes, como se fosse um tabuleiro de damas/xadrez. Depois disso, tempere a costela com um pouco mais de sal grosso que o normal e coloque-a no espeto/grelha por 20 minutos, virando a carne a cada 5 minutos para melhor penetração do sal.
Na grelha
Tire a costela do fogo, retirando também o excesso de sal que ficou na carne. Agora coloque-a para assar na parte mais alta da churrasqueira, no fogo mais baixo que conseguir, por 4 a 5 horas. Quando os ossos da costela começarem a aparecer, pode virar a peça e assá-la do outro lado por mais 1 hora. Depois disso a costela estará pronta para servir. O ponto ideal da costela fica entre mal passado e ao ponto. Mas, se você prefere a carne bem passada, será preciso assá-la por mais algum tempo.
Hora de comer!
A costela na brasa fica tão saborosa, suculenta e macia que dá para separar algumas partes com as próprias mãos. Para muitos é o corte mais apreciado do churrasco. No sul do Brasil é muito comum a preparação das carnes (incluindo as costelas) no fogo de chão e, para a maioria, a costela é a parte preferida, não podendo faltar em nenhum churrasco.
Seguindo direitinho estas dicas, e segurando a ansiedade para só tirar a carne quando ela estiver no ponto certo, não tem como errar. E não é necessário enrolar a costela em papel vegetal, celofane ou alumínio. A vantagem destes materiais é poder fazer a costela em menos tempo. Contudo, se você tiver tempo de sobra para o seu churrasco, tente fazer esta versão. Ela fica uma delícia! Você não vai se arrepender.
Bom churrasco e até a próxima!
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Confira aqui nosso último post sobre “Tempero ideal para churrasco: só sal grosso ou temperos variados?”